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Velho ferro

VELHO FERRO é um projeto de investigação sobre os processos deste ontológico elemento na nossa cultura material, pretendendo examinar a lógica do excesso, do abandono, do descarte e do poder de transformação de um material extraordinário.

Este projeto é influenciado e enriquecido pelo fragmento do texto de Robert Smithson,
“Uma sedimentação da mente, projetos da terra – Do aço à ferrugem”:

“Na mente tecnológica, a ferrugem evoca um medo de desuso, inatividade, entropia e ruína. O porquê de o aço ser valorizado e a ferrugem não, tem a ver com um valor tecnológico e não artístico.”

Plasticamente, a produção varia entre escultura, desenho e gravura. Algumas dessas peças se tornam o que eu chamo de desenhos matéricos, uma integração de pensamento gráfico, linha de desenho, impressão e construção escultórica.

Escrita gravada no ferro

Está série a palavra é uma ponte para pensar plasticamente esse processo infinito que é transformação energética da realidade material.
O artista se aproxima é um texto do Flávio Tonnetti, curador associado na exposição Ânodo e cátodo.

Cobra Reluzente

Projeto premiado no edital de arte urbana para portais de entrada  da cidade Embú das artes de 2011.
O grafismo, que faz referência à pele de escamas de uma cobra, tem como referência os padrões de pintura, cestaria e tramas geométricas  produzidas na arte dos povos originários, primeiros habitantes do lugar. 
Desta forma, a instalação do portal se relaciona com a história de Embú, participando da memória cultural da cidade.

A característica geométrica da arte gráfica indígena, se relaciona facilmente com os contornos da estrutura e diagramação das chapas que compõem o portal. Os cortes vão criando uma trama que proporciona efeitos de luz durante o dia e a noite. Do centro do portal, onde se encontra a cabeça de cobra vista de frente, vemos seu corpo se espalhando nas laterais da escultura.

Sobre o nome do trabalho:
A imagem da cobra aqui evocada é uma associação direta ao nome Embú. 
“Embu” é uma deformação do nome da aldeia jesuítica que deu origem à cidade: Mboy.Mboy: é um termo oriundo do tupi antigo mboî’y (“rio das cobras”, a partir da junção dos termos mboîa, “cobra” e ‘y , “rio”).

Ficha técnica

Concepção: Leo Ceolin, Marcello Lindgren e Walmur Florencio de Moura
Realização: Leo Ceolin,  Peetsaa, Rafa Leona
Formato do projetoPortal de entrada à cidade de Embú das Artes [arte pública]
Materiais: Estrutura metálica zincada com revestimento de chapas de aço corten cortadas com plasma
Dimensões  12m x 6m x 1,5m
Ano 2012

Prelúdio e fuga

Ação escultórica na Bienal de escultura da Fundação Urunday de 2006.
Nessa ocasião foi a primeira vez que decidi experimentar utilizar 100% do material disponível, realizando um processo onde a obra não gerou resíduos, porque o processo foi capaz de integrar toda a matéria.

Ficha técnica

Concepção: Leo Ceolin
Materiais 2 chapas de ao carbono de 3 x 1,5m
Dimensões: 4 x 1,5cm
Ano: 2006