Leo Ceolin (Buenos Aires, 1971)
Designer, cenógrafo e artista argentino, radicado em São Paulo há 20 anos.
Formou-se em design Industrial pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Buenos Aires. Desde jovem, trabalhou na metalúrgica familiar, adquirindo habilidades e prática na serralheria.
Em 2001, chegou ao Brasil e participou do NoTech Design, grupo formado durante uma oficina com os irmãos Campana no MUBE. Trabalhou com o grupo em exposições dentro e fora do país. Como designer, criou a Tchapa, uma marca de peças de mobiliário com fortes influências da indústria metalúrgica, explorando as relações entre processos analógicos e digitais de fabricação.
Entre 2005 e 2021, manteve o Galpão BASE como um espaço dedicado ao desenvolvimento de projetos que convergem espacialidade, arte e design. Projetou cenografias para teatro com Denise Stoklos, Roberto Lage e André Guerreiro Lopes, entre outros. Na ópera, participou do festival de Manaus entre 2018 e 2012, e na dança contemporânea, manteve parcerias criativas com Fernando Martins e Jorge Garcia. Nas artes visuais, criou expografias para o Festival da Imagem do Valongo, Paço das Artes e Festival Cultura Inglesa, entre outros.
Desde 2017, mantém uma parceria com a Oficinalab, uma escola com longo histórico em marcenaria, colaborando na criação de uma cultura de serralheria e design onde ministra cursos e laboratórios,
Como artista plástico dedica-se ao estudo das relações entre matéria e memória, trabalhando com diversos vestígios, como metais, resíduos e rejeitos. Desenvolve uma espécie de arqueologia sobre os impactos da cultura do excesso industrial no meio ambiente.
Como desdobramento e convergência de toda essa experiência, em 2022 dá início ao projeto “El Ciclo“, um laboratório de arte e design em economia circular, focado na criação de soluções que contribuam para a mudança de uma cultura de excesso e desperdício industrial para uma cultura de práticas regenerativas na terra.