Como artista visual e material, exploro a escultura e o desenho no que chamo de uma conversa com os materiais. Algumas dessas conversas e ações se transformam em performances e instalações.
Nasci num contexto industrial, me formei como metalúrgico numa fábrica, e percebo que isto influenciou a minha jornada como buscador no campo das artes, me conduziu à investigação as relações entre matéria e memória, concentrando meus esforços no estudo dos impactos do consumo dos recursos da Terra.
No meu processo criativo, coleto e examino diversos vestígios, como metais,
resíduos e rejeitos, praticando uma espécie de arqueologia da cultura industrial.
Nesse sentido também sou um catador, junto coisas, como um agente ambiental e as organizo com o propósito de compreender e comunicar as complexidades e desafios dos processos materiais no capitalismo global.
E, enquanto designer do meu processo criativo, a materialidade é guiada pelos princípios da economia circular.
Esta orientação contribui significativamente para as minhas escolhas e práticas como artista, fomentando uma perspectiva ecologicamente consciente no campo das artes. É um estudo contínuo e um aprendizado constante sobre práticas que contribuam para uma cultura humana regenerativa.